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Foto do escritorEliz Grigoletti

Dores crônicas afetam 35% dos pacientes que superaram câncer

Dia Nacional de Combate ao Câncer lança desafio à pesquisadores e médicos para atenuar esses efeitos

O câncer continua sendo a segunda principal causa de morte no mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). A descoberta em estágios iniciais comprovadamente aumenta as chances de cura para a maioria dos tumores. Mas o pós-tratamento pode deixar sequelas que são pouco consideradas, mas que fazem com que o paciente sofra demasiadamente com as dores crônicas. A explicação pode estar no fato de que procedimentos como radioterapia, quimioterapia e outros medicamentos utilizados no combate ao tumor podem lesionar nervos que comandam a sensibilidade à dor. “O paciente que supera o câncer faz um acompanhamento contínuo com medicamentos e terapias complementares, por pelo menos mais cinco anos. É um tempo considerável para conviver com o fantasma da doença e, neste período, aumentar a confiança e conforto de todos é essencial”, explica a médica Paloma Solano, especialista em medicina humanizada.


Neste Dia Nacional de Combate ao Câncer, 27 de novembro, o tema chama a atenção pelo objetivo de aumentar as alternativas de tratamentos e terapias complementares que exerçam efeito na redução dessas dores. Mesmo com o avanço da ciência, muitos pacientes que enfrentaram os mais diversos tipos de câncer, superaram o tumor, mas não seus impactos de longo prazo. Os casos já começam a ser relacionados às limitações de atividades do cotidiano e exigem tratamentos e gastos consideráveis.


Um estudo do Sistema de Saúde Monte Sinai, nos Estados Unidos, estima que 35% dos sobreviventes de um tumor maligno no país vivem com dor crônica, o que representa mais de 5 milhões de indivíduos. No grupo que sofreu com um tumor, as queixas de dores limitantes e crônicas foram duas vezes mais frequentes do que entre o restante dos entrevistados. O levantamento ainda indica que entre os 60 mil entrevistados, os tipos de tumor que mais costumam deixar sequelas doloridas são os que atingem ossos, rins, garganta, faringe e útero.


No Brasil, não existem levantamentos específicos sobre o assunto, mas um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INCA), divulgado em 2019, apresentou dados importantes sobre os tipos de câncer e sua prevalência no Brasil, identificando por exemplo, que o câncer de próstata para homens e o de mama para mulheres são os tipos mais prevalentes. Os pesquisadores também fizeram entrevistas aprofundadas com 47 sobreviventes, que relataram dificuldades na reinserção ao mercado de trabalho, falta de apoio psicológico e restrições na vida sexual, apontando a necessidade de acompanhar melhor o paciente após o fim do tratamento, o que é um verdadeiro desafio para a comunidade médica. É necessário cuidar da pessoa, em vez de só tratar sua doença.


“A medicina humanizada vem contribuindo para entender esses casos e ampliar o conforto oferecido aos pacientes. De forma integrada, suas avaliações devem considerar mais que os aspectos patológicos, a pessoa deve ser analisada a partir de suas ansiedades e vulnerabilidades psicológicas como um todo e, assim, o profissional da saúde poderá ajudar de forma mais efetiva esse indivíduo” avalia a médica Paloma Solano.


Confira os dados do INCA sobre os diferentes tipos e registros da doença no Brasil.


Prevalência de câncer no Brasil.


Em homens, Brasil, 2018

Em mulheres, Brasil, 2018

Fonte: INCA 2018


SERVIÇO:

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Elizangela Grigolletti (41) 98868-8723 (Whats)

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