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Mulheres comandam metade das empresas no Brasil

Mulheres comandam metade das empresas no Brasil No Dia do Empreendedorismo Feminino exemplos de mulheres que comandam empresas com diferenciais

Dia 19 de novembro é o dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), justamente para contribuir e valorizar as mulheres à frente dos negócios. No Brasil, o número de mulheres empreendedoras cresceu de 42% em 2000, para 50% em 2017, segundo dados da Taxa de Empreendedorismo Inicial (TEA), projetados pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Essa expansão feminina está aliada à tendência de emancipação, que tem tomado conta de espaços antes dominados apenas por figuras masculinas.


A flexibilidade feminina as torna mais assertivas nos negócios, principalmente, porque precisam concentrar ações, já que se dedicam 18% a menos de tempo ao empreendimento que os homens. Até porque a questão cultural ainda é um fator que prejudica a dedicação integral de muitas empreendedoras, que continuam dividindo o tempo para cuidar da família e das tarefas domésticas.


Na agência Ai5 Comunicação e Estratégia as sócias são todas mulheres, dispostas a enfrentar a diversidade e exigências do empreendedorismo e fazer a diferença no mundo corporativo. Todas optaram por deixar empresas estabelecidas e remunerações atrativas para avançar numa proposta antiga, mas cobiçada: a de empreender. “Iniciar um negócio que depende essencialmente de sua direção e conhecimento trouxe grandes desafios. Mas ser protagonista nesse ambiente é o maior deles. A liberdade de inspiração e movimento que isso traz, faz realmente tudo valer a pena”, afirma Elizangela Grigoletti, jornalista e CEO da Ai5, que iniciou as atividades em 2019. Fundadora da agência, diz que o desejo surgiu de discussões sobre as experiências positivas e negativas do mercado corporativo. “A ideia de empreender sempre nos motivou, mas vimos crescer essa possibilidade com a vontade de mudar a condição de segundo plano que quase sempre fomos colocadas em um universo corporativo majoritariamente masculino. Empreender significou não só uma reformulação das possibilidades financeiras, mas uma realização pessoal e profissional, agora, como as principais peças do jogo”, conta Grigoletti, que incorporou à comunicação institucional sua expertise em inteligência competitiva e pesquisas de dados, ao deixar uma posição consolidada de diretora de inteligência de mercado em uma empresa de tecnologia para se dedicar ao novo negócio.


Aliada à essa expertise, a sócia, também jornalista, Ligia Gabrielli, deixou o salário garantido e o emprego com carteira assinada como diretora de jornalismo para tornar o empreendimento sua principal atividade. “Empreender exige dedicação e ousadia. Se reinventar faz parte da essência feminina, e poder dar esse passo na própria profissão nos mostra o quanto somos capazes de ir ainda além”, ressalta Ligia, co-fundadora da empresa, que explica que a “ousadia” é o cartão de visitas da marca, presente desde sua definição. O próprio nome da agência foi escolhido por esse princípio de reinvenção – uma alusão ao Ato Institucional de nº 5, que gerou grande censura à imprensa durante a ditadura – e que agora, retrata o poder da transformação e resignificância que as empreendedoras deram as carreiras e aos negócios, repensando a comunicação a partir dos avanços tecnológicos, aliando metodologias próprias ao uso de inteligência artificial.


Lênia Luz, coordenadora do Empreendedorismo Rosa, avalia que as mulheres da Ai5 representam o lado concreto da força e do empoderamento feminino que a instituição procura ajudar a desenvolver diariamente. O termo ganhou espaço e uso nas redes sociais desde 2017, quando o feminismo passou a figurar de forma emblemática. É dessa mesma força que nasceu o Empreendedorismo Rosa, que faz mentoria de negócios às empreendedoras. “O poder feminino impulsionado pelo resgate social demonstra grande coragem e ganha apoio com a adesão das mídias e das redes sociais. Isso fortaleceu o empoderamento das mulheres, condição que ao longo do tempo tinha sido sufocada pela sociedade”, afirma Lênia que divide experiências, serviços e formas de enfrentar os medos. Além do autoconhecimento, a proposta é instruí-las sobre seu posicionamento no mercado e contribuir com a visão feminina de empoderamento através do empreendedorismo, comprovando que a empreitada exige realmente audácia e determinação, mas o retorno é refletido tanto nos negócios como também na autoestima, inspirando inclusive outras mulheres a seguir nesta jornada.


BOX: Mulheres comandam metade das empresas no Brasil


No Brasil, o número de mulheres empreendedoras cresceu de 42% em 2000, para 50% em 2017, segundo dados da Taxa de Empreendedorismo Inicial (TEA), projetados pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM). No país, a pesquisa é realizada desde o ano 2000 pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), com o apoio do Sebrae. Os dados divulgados pelo Sebrae em agosto deste ano indicam que as mulheres representam metade dos empreendedores iniciais, com negócios de até 3,5 anos, correspondendo a 49% ou 11,9 milhões de empreendedores brasileiros nas etapas iniciais. Já entre os empreendedores estabelecidos, cujos negócios estão consolidados, elas representam 43%.


FONTE DA NOTÍCIA: REVISTA CAPITAL ECONÔMICO

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